Vender a um preço baixo e não ter o lucro esperado no supermercado ou vender com um valor alto e correr o risco de perder compradores? O meio-termo é bastante difícil, por isso a precificação dos produtos é um grande desafio para gestores de empresas do segmento.
Essa dor tem sua justificativa. Afinal, mesmo que a forma como as pessoas consomem produtos e serviços tenha mudado, o preço continua sendo um importante fator.
Uma pesquisa aponta que, em tempos de Black Friday, o preço é o que mais motiva as pessoas a comprarem. 53,7% dos entrevistados compram movidos pelo valor que vão pagar.
Nesse mesmo sentido, também é o preço que define a escolha da loja para as compras (24,3%) e se a empresa está realizando ou não promoções (22,8%).
Ou seja, se você não souber precificar produtos da sua loja da maneira correta, tende a perder clientes e, consequentemente, não faturar tanto quanto poderia.
Neste artigo, você vai saber mais sobre o que é a precificação de produtos e como fazê-la da melhor forma em seu negócio.
Seis passos são essenciais para precificar produtos assertiva no supermercado:
Mas antes de falar sobre cada um deles, precisamos discutir outros conceitos importantes, que vão te auxiliar, e muito, nesse passo a passo.
A precificação de produtos é um processo que se utiliza de conceitos da Administração, Economia e Marketing para garantir que a empresa obtenha lucro por meio dos produtos comercializados.
Essa tarefa tende a ser complexa porque ela envolve outros processos que devem ser levados em consideração na hora de etiquetar suas mercadorias. Para isso, você precisa considerar o custo da produção, o valor agregado, o giro dos produtos e, claro, a margem de lucro.
É essa tarefa que vai fazer com que você ofereça um valor justo, nem tão barato que lhe traga prejuízo, nem tão caro que ninguém queira comprar.
Quando falamos de varejo alimentar, especificamente de supermercados, muitos são os motivos para um cliente escolher adquirir os produtos de um negócio.
Dentre eles, podemos citar:
O preço, por sua vez, também é um importante fator para essa decisão. Por isso, precificar de maneira sustentável não é apenas buscar ter lucro, é também garantir a sobrevivência do negócio diante de um cenário tão competitivo.
O preço das suas mercadorias é algo que deve estar alinhado com o que você tem a oferecer e com o que o cliente espera do seu negócio.
Com valores competitivos e agradáveis ao perfil do seu público-consumidor, vem a fidelização, que ajuda no incremento das vendas e do aumento do ticket médio.
Em linhas gerais, precificar é atender às expectativas dos clientes, aumentar a fidelização, gerar lucro e se manter sustentável e competitivo.
Há três formas principais de precificar produtos:
Aqui, a empresa precisa definir uma porcentagem que será acrescida ao custo total das suas mercadorias, incluindo os custos variáveis, fixos, diretos e indiretos.
Por exemplo, se o custo de determinado produto foi de R$ 100 e você quer acrescer um percentual de 25%, o valor final do produto vai ser de R$ 125.
Essa prática é muito comum para situações em que esses custos são mensuráveis, como em empresas que lidam com a produção diária de alimentos. Quando se envolve algum serviço ou mão de obra, esse tipo não é a escolha ideal.
Nesse modelo, os preços que você pratica são definidos a partir do que seus concorrentes estão praticando em suas lojas. Faz-se, portanto, uma análise dos preços deles e, a partir disso, parte para a definição.
Essa é uma boa saída para quem está começando um negócio ou quando a empresa ainda não é reconhecida no local onde está. O mesmo vale para quem está se instalando em determinado local e pretende ser mais competitivo.
No entanto, essa opção é falha quando envolvem pequenos e médios negócios, pois estes, muitas vezes, não conseguem seguir a mesma régua de precificação das grandes redes de supermercados, que podem fazer negociações mais interessantes com seus fornecedores e repassar preços mais baixos para os clientes.
Essa opção baseia-se no volume de demanda que seu estabelecimento tem para determinado produto.
Dessa forma, pode ser mais rentável para a loja, pois lida com clientes fidelizados. Ou seja, aqueles que compram pela experiência e não colocam o preço como fator decisório.
Os preços, portanto, são definidos a partir do valor que o cliente agrega, ou seja, a partir do quanto eles desejam pagar por aquela mercadoria.
Esse tipo de cliente gosta de comprar naquela empresa porque o ambiente é acolhedor, os funcionários são cordiais e a qualidade dos produtos é boa, entre outras motivações.
Por outro lado, essa tática não acontecer conforme esperado para a clientela e acabar afugentando possíveis novos clientes. A longo prazo, isso pode prejudicar a rentabilidade.
Agora que você já entendeu o que é a precificação dos produtos e qual a sua importância, está na hora de descobrir como fazê-la em seu supermercado. Confira os passos que você precisa seguir.
Falamos no começo que todos os custos de um produto devem ser os primeiros a se considerar na hora de precificar produtos.
Afinal, são eles que mostram o quanto você investe para pôr os produtos na prateleira, logo, precisam ser compensados.
Além disso, é preciso lembrar que os custos não são apenas aqueles que envolvem a compra ou produção das mercadorias, como matérias-primas. Estamos falando também de gastos com energia elétrica, água, colaboradores, tecnologias, comissões, impostos e muito mais.
Essa atenção deve ser constante, pois a grande maioria deles são flutuantes, ou seja, variam de um período para o outro.
A legislação tributária no Brasil é bastante complexa. Todas as empresas são obrigadas a pagar uma diversidade de impostos, porém a forma de pagá-los e os valores variam de uma para a outra.
Por isso, é extremamente importante ter ciência de qual regime tributário sua empresa faz parte – Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real e Lucro Arbitrado – para saber o quanto de imposto deverá pagar mensalmente.
Isso é relevante, é necessário repassar os valores dessa leva de impostos ao consumidor por meio dos preços dos produtos.
Da mesma forma, você deve chegar em consenso entre o quanto seu cliente se dispõe a pagar e o quanto você pretende ganhar.
Afinal, a margem de lucro é aquilo que vai direto para o cofre da empresa após a venda do produto, já deduzindo todos os custos.
Nesse sentido, estratégias a se adotar podem ser variadas, a depender do contexto que seu supermercado está. Por exemplo, você pode:
Quando falamos em avaliar o ambiente, estamos falando em ter atenção tanto à concorrência assim como às demandas do mercado consumidor.
Já falamos que existe um tipo de precificação de produtos baseado na concorrência. Portanto, estar ciente do que outros estabelecimentos estão praticando é sim uma estratégia válida.
Assim, você pode trazer para seu negócio preços mais competitivos e atrair clientes. Conhecendo o seu estabelecimento, eles podem se interessar também por outros produtos e se tornaram potenciais clientes fidelizados.
Da mesma forma, uma análise da demanda é extremamente importante. Isso vale, principalmente, para produtos sazonais, como aqueles da época de Páscoa, Natal e Carnaval.
Entendendo a lógica da procura por esses produtos, você pode diminuir o valor e, consequentemente a margem de lucro unitária, mas compensar a partir do grande volume. Quando a busca diminuir, você retoma ao valor praticado normalmente e segue com a margem de lucro sem ser prejudicada.
O ponto de equilíbrio é o valor mínimo que uma empresa precisa atingir de vendas para que não tenha prejuízo financeiro nem gere lucro.
Com base nesse valor pré-definido, você entende quais estratégias deve tomar e quais preços deve aplicar para que consiga ter um volume de vendas necessário para atingir o ponto de equilíbrio.
É com esse objetivo que, muitas vezes, vemos promoções do tipo “compre 2 e leve 3” ou produtos com valor bem abaixo do habitual.
Isso acontece porque o gestor precisa buscar formas de atingir o ponto de equilíbrio o quanto antes, para não prejudicar suas finanças.
Não espere fechar o mês ou não atingir o ponto de equilíbrio para analisar o volume de vendas e tomar uma decisão fora do tempo.
Agir à medida que as coisas acontecem é a melhor saída para não tomar ações corretivas mais delicadas e, por vezes, atrasadas.
Por isso, é preciso monitorar o fluxo de vendas e analisar, de forma qualitativa e quantitativa, todos os números para entender o que está acontecendo no seu supermercado.
Análises de processos que estão em curso são indispensáveis para fazer ajustes importantes e readequar ações quando houver necessidade.
Você pode fazer isso com o suporte de um sistema para supermercado, que permite que você tenha acesso a dashboards e relatórios completos sobre o seu negócio.
De posse desses dados, você monitora todo o ecossistema de vendas e acompanha o crescimento ou declínio dos números.
Baseado em fatos e dados, você pode tomar as decisões em tempo real, promovendo, assim, uma melhor gestão do seu supermercado.
Quer saber como podemos te auxiliar com isso? É só entrar em contato conosco e solicitar uma demonstração grátis do nosso sistema de gestão completo para supermercados.
Esse conteúdo te auxiliou?